Somos mais de 63,8 milhões de devedores no Brasil. Este número foi coletado em novembro de 2019 e mostra que a quantidade de pessoas com as contas atrasadas não é nada tímida por aqui.

Isso acaba fazendo com que, após várias tentativas de cobrança, uma boa parcela dessas empresas que têm a receber acabe vendendo a dívida ou terceirizando a cobrança.

Vamos então entender melhor a diferença entre essas duas situações e como isso pode influenciar na vida do devedor.

Venda da dívida

A venda da dívida também é conhecida como cessão de créditos. Ou seja, uma outra empresa compra o crédito por um valor considerado atrativo – e em geral com um grande deságio – e passa a ser o novo responsável pelo recebimento.

Assim como já falamos por aqui, a cessão de créditos tem sido considerada por muitas instituições financeiras e empresas do varejo uma forma de recuperar esse dinheiro que antes poderia ser considerado perdido.

Usualmente o devedor é comunicado dessa mudança do detentor da dívida. Porém, na prática a única mudança é que na hora de quitar esse valor, o pagamento deverá ser efetuado ao novo cessionário.

Inclusive, como a maioria dessas empresas que compra a carteira são especializadas em cobranças, elas criam uma estratégia de incentivo e isso pode refletir em uma melhor negociação com descontos mais agressivos.

Terceirização da cobrança

A maioria dos originadores dos créditos buscam inicialmente a recuperação destes ativos através de um time interno de cobrança. Este período, em geral, é de até 180 dias. Não tendo o sucesso na cobrança interna as instituições buscam agências de cobrança externas que tenham expertise no perfil dos seus créditos.

A remuneração destas agencias é usualmente pela performance. Ou seja, elas recebem um percentual do valor cobrado que é variável de acordo com o valor e a idade das dívidas.

Esclarecida a diferença entre essas práticas, que tal agora saber qual a importância da notificação ao devedor quando acontece a Cessão de Crédito?