O setor de cartões de crédito é um dos que mais crescem no Brasil. Prova disso, é que segundo noticiado no início de setembro, ele deve bater um novo recorde em 2024 no volume transacionado. Entre os motivos para a alta estão o fácil acesso a esta modalidade e o fato de o cartão de crédito ser um dos principais meios de pagamento utilizados pelos consumidores.
Mas apesar de acessível, este método de pagamento está entre as modalidades de crédito com as maiores taxas de juros do mercado. Isso acaba por contribuir para o endividamento das famílias de um modo geral.
Sendo assim, a expectativa no mercado é de que essa esperada alta das transações com cartões de crédito tenha reflexos também nos índices de inadimplência do consumidor. Consequentemente também abrem-se oportunidades para compra e vendas de ativos no mercado de cessão de créditos.
Acompanhe o texto e saiba mais sobre o que essa alta do uso do cartão pode significar para o setor de cessão de créditos.
Conforme falamos acima, as compras com cartões de crédito fazem parte da rotina de milhões de pessoas. Ainda é uma das principais formas de pagamento utilizadas pelos brasileiros, devendo bater recorde de movimentação neste ano.
Segundo uma projeção realizada pela Núclea, empresa de inteligência de dados, e divulgada em setembro, mais de R$ 4 trilhões devem ser movimentados em transações por cartões de crédito em 2024 no Brasil. A estimativa veio após a constatação de que o volume transacionado no setor cresceu 11% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano passado.
Os dados corroboram a projeção inicial da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), que no início do ano estimava uma movimentação entre R$ 4,05 trilhões e R$ 4,12 trilhões para 2024, uma alta entre 8,5 e 10,5% na comparação com 2023.
Outro fator importante de ser colocado é que mesmo com a recente alta na taxa básica de juros, o cartão de crédito segue como um dos principais de meios pagamento das famílias brasileiras, inclusive daquelas que já possuem dívidas no cartão.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada em outubro pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revela que apesar de o índice de endividamento das famílias ter recuado em setembro em relação a agosto, 30% dos consumidores que possuem dívidas no cartão de crédito utilizam esta forma de pagamento para compras essenciais como alimentação, roupas e calçados.
Esse fato tem sido visto como um alerta para especialistas: “A dependência crescente do cartão de crédito, especialmente para despesas cotidianas, como alimentação e vestuário, coloca as famílias em uma posição vulnerável devido aos altos juros. Isso pode aumentar o risco de inadimplência, mesmo com a diminuição do endividamento total”, destaca o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
Como dito anteriormente, o cartão de crédito está entre as modalidades de crédito com os maiores juros do mercado. Em agosto, de acordo com as Estatísticas Monetárias e de Crédito do Banco Central, a média da taxa de juros do cartão de crédito rotativo ficou em 426,9% ao ano. O índice é 5,3 pontos percentuais a menos do que o registrado em julho (432,2% ao ano).
Mesmo com essa pequena redução, os juros seguem muito acima da inflação. E o aumento no uso de cartões de crédito eleva o risco de inadimplência dos consumidores. Estes, por sua vez, podem ver a dívida do cartão se tornar uma bola de neve ao longo dos meses, sobretudo no crédito rotativo.
Agora, finalmente chegando ao mercado de cessão de créditos, como é possível estabelecer a relação da alta de transações com cartões com o segmento? Bem, é fato que o aumento do volume transacionado em operações de cartão de crédito favorece o risco da inadimplência por parte das famílias. A consequência é que impacta também, de forma direta, o mercado de cessão de créditos.
Isso porque à medida que os consumidores não conseguem quitar as suas dívidas, a carteira de devedores aumenta e o impacto negativo no caixa das empresas também. Assim, com a inadimplência alta, as instituições financeiras e empresas de segmentos variados podem encontrar na cessão de créditos uma maneira eficaz de lidar com as cobranças paradas sem investir no aumento de seus departamentos de cobrança e podendo focar na gestão de seu core business.
Todas essas informações inclusive corroboram também com a perspectiva do mercado de cessão de ter um volume recorde em 2024, conforme já foi noticiado no blog. Portanto, é possível afirmar e tudo leva a crer que este último trimestre do ano deve seguir movimentando o segmento, gerando muitos negócios.
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