Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostrou que os inadimplentes brasileiros sofrem também impactos emocionais pela dívida. Em linhas gerais descobriu-se que oito em cada dez inadimplentes (82,2%) afirmaram ter sofrido com algum tipo de sentimento negativo ao descobrir que estavam endividados.
Foram entrevistados 600 consumidores que estavam com contas em atraso há mais de três meses em 2019, com 18 anos ou mais, de todos os sexos, classes sociais e regiões.
Dentre as principais consequências emocionais, a mais citada foi a ansiedade. Ela atingiu seis em cada dez entrevistados (63,5%). Foram citados também estresse e irritação (58,3%), tristeza e desânimo (56,2%), angústia (55,3%) e vergonha (54,2%). Esta última, mais frequente entre as mulheres (57,6%) do que entre os homens (49,4%).
A pesquisa ainda revelou que não conseguir pagar a dívida (30,8%) é o principal temor dos entrevistados. Os demais medos são de não poder parcelar novas compras (13,8%), ser considerado desonesto (11%), não conseguir emprego (8,5%) e não poder fazer empréstimos (8,2%).
Para se ter ideia da gravidade em que a situação do inadimplente pode chegar, o estudo também mostrou que a situação de inadimplência é capaz de tirar o sono dos endividados (42,8%), e modificar o apetite (32,3%).
Além disso, quatro em cada dez endividados (40,8%) procuraram se dedicar a atividades que os ajudassem a não pensar nos problemas advindos das contas em aberto. Quase 30% – 28,2% – aliviaram suas ansiedades em algum vício (como cigarro, bebida ou comida) e 24,7% acabaram comprando mais do que de costume – ou até perdendo o controle do consumo.
Três em cada dez inadimplentes também relataram ter sofrido com desatenção e queda na produtividade no trabalho ou nos estudos.
Ou seja, essa pesquisa traz inúmeros dados que nos fazem crer que a inadimplência é uma situação que desagrada – e muito – o consumidor. Portanto, ter ferramentas e uma equipe com o conhecimento em cobrança pode realmente fazer toda a diferença. Que tal então considerar a cessão de créditos como uma forma de recuperar um dinheiro muitas vezes considerado perdido? Leia mais sobre quatro benefícios para quem vende carteiras de créditos.
Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas/