2020 não foi um ano fácil. Por conta da pandemia do novo coronavírus, muitas frentes da economia foram afetadas, visto que o isolamento social e lockdowns estabelecidos acabaram influenciando diretamente no funcionamento de algumas empresas. Porém, agora que o ano está chegando ao fim, já é possível analisar algumas perspectivas para 2021.
De acordo com a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, dois principais desafios terão de ser enfrentados no próximo ano: as reformas estruturais para controlar os gastos públicos e a revisão dos marcos regulatórios para atrair investimentos privados e, assim, fazer com que a competitividade da nossa economia seja ainda melhor.
Com relação ao mercado de créditos, a SPE afirmou que ele terá maior fortalecimento na área dos que são “de curto prazo”, ou seja, a equipe econômica somará esforços para investir na modernização das garantias, fazendo com que a recuperação pós-pandemia seja mais rápida e eficaz.
Fora a previsão dada pelos especialistas do Governo Federal, diferentes instituições bancárias também se posicionaram quanto ao que o Brasil deve enfrentar. Para o Banco do Brasil, por exemplo, é nítido o pico da inadimplência em 2021, tanto das pessoas físicas quanto das pessoas jurídicas. Já o Bradesco espera um aumento da carteira de crédito de 10%, mesmo com a pressão que o cenário econômico estará enfrentando.
Mas e a cessão de créditos? Como fica nessa história?
Vamos relembrar o que os entrevistados do Portal Cessão de Créditos comentaram a respeito desse assunto ao longo dos últimos meses.
Assim como outros segmentos, o mercado de cessão de créditos também é bastante influenciado pelas questões políticas e sociais em que o país vive. No caso do Brasil, não foi só a pandemia que gerou um baque na economia. Na verdade, segundo Salvatore Milanese, sócio sênior da Pantalica Partners, o país já vem acumulando uma série de problemas importantes devido aos últimos anos de crise (2005 a 2019).
No entanto, é justamente esse fato que abrirá inúmeras oportunidades para os investidores em distress, bem como para quem os assessora.
Segundo Juliana Grandini, COO da Intrum, os brasileiros só não estão mais endividados devido às ações de prorrogações e medidas de renegociação adotadas pelos bancos. Mesmo assim, é visível o aumento do interesse dos investidores pelo mercado de créditos não performados, visto que as taxas de juros estão nos menores índices da história.
Nesse mesmo pensamento, o CEO da BLU365, Alexandre Lara, também acredita que o cenário de incertezas que enfrentamos na economia provoca as empresas a buscarem alternativas mais sofisticadas para a gestão do balanço. Sendo assim, o número de drivers disponível no mercado deve elevar significativamente as cessões de créditos nas perspectivas para 2021.
Nós já explicamos aqui no Portal sobre a importância da cessão de créditos para o administrador de uma empresa. Leia e saiba mais!