É normal que com o ano chegando ao fim, algumas preocupações comecem a surgir, principalmente quando se fala no futuro para a economia. E, com relação a 2022, a inflação tem deixado a todos bastante apreensivos.
Por conta da Covid-19, a economia de boa parte das potências mundiais sofreu um grande baque, o que fez com que a inflação atingisse níveis muito altos em países como Estados Unidos, China e Brasil.
No dia 17 de novembro, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que o maior problema da economia brasileira no próximo ano é a resiliência da inflação. Isso quer dizer que ela pode ser um pouco acima do que está sendo previsto, ao mesmo tempo em que o PIB (Produto Interno Bruto) do país também poderá ser maior.
Confira no texto a seguir sobre a questão levantada.
A inflação é o aumento dos preços de tudo o que a sociedade consome, sejam produtos ou serviços. Medida a partir dos índices de preços do Brasil, sendo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) o mais utilizado, esse aumento excessivo pode ter diferentes causas, como:
Nos últimos levantamentos, a previsão da taxa que mede a inflação tem sofrido queda. Atualmente, para 2021, o IPCA está em torno de 10,05%.
Além do IPCA, a inflação também pode sofrer alterações de acordo com o PIB brasileiro, ou seja, se o PIB fecha em queda, a inflação também fecha – e vice-versa.
Já em dezembro deste ano, o Banco Central (BC) sinalizou que a estimativa do PIB de 2021, com relação a 2020, está em 4,65%. Já para 2022, o PIB teve uma variação para baixo e está projetada para 0,5%.
Quanto à inflação, as expectativas também tiveram um recuo: de 6,06% para 5,02%.
A taxa Selic é a taxa básica de juros e é a principal ferramenta do BC para conter o aumento dos preços. Em outras palavras, quando a inflação está alta, a Selic aumenta. Agora, se as estimativas para a inflação estão de acordo com as metas estabelecidas, o órgão reduz a taxa de juros.
Na última ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, divulgada no dia 14 de dezembro, consta que o chamado “risco fiscal” elevou a estimativa de inflação para os anos de 2022 e 2023, podendo chegar a 4,7% e 3,2% respectivamente.
A meta de inflação para 2022, segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5%, e será considerada como cumprida se ela oscilar entre 2% e 5%. Para que se mantenha dentro da meta, os diferentes fatores citados anteriormente precisam estar alinhados economicamente falando.
Ora pessimistas ou mais otimistas, as previsões para o próximo ano são baseadas em dados coletados durante anos – e sim, a tendência é que o mercado siga nessas orientações. Historicamente, o “fantasma” da inflação não é novidade para os brasileiros. Portanto, neste momento, levando em conta o cenário financeiro/econômico, o ideal é planejar os próximos passos com uma margem segura.
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