O Brasil tem enfrentado diversos problemas nos últimos anos: crise sanitária, crise econômica, alta no desemprego, inflação… E, enquanto alguns desses pontos já davam sinais de melhora, um evento iniciado há cerca de dois meses fez com que outros fossem agravados por aqui.
A guerra entre Rússia e Ucrânia com certeza não era prevista pelos economistas – e não dá mais para negar que ela tem afetado o preço de diversos produtos, com grande destaque para as commodities.
Algumas partes do globo, como os Estados Unidos e a União Europeia, tomaram medidas e sanções contra a Rússia e algumas consequências são refletidas não só naquele país, mas também em diversos outros, como é o caso do Brasil.
Alguns podem se perguntar: como algo tão distante pode chegar no nosso bolso?
Entenda a seguir como o conflito que ocorre no leste europeu impacta na economia de nosso país.
O Brasil é um grande exportador de diversos produtos e, no ranking de maiores exportadores do mundo de 2020, ele conquistou o 24º lugar.
Para a Rússia, o nosso país era a principal fonte de produtos agrícolas, como soja, carnes de frango e de boi, amendoim, café e açúcar. Só em 2021, essas exportações somaram um montante de US$ 1,7 bilhões. Em contrapartida, o Brasil importou US$ 5,6 bilhões dos russos, sendo que 60% desse valor foi em fertilizante.
Diante de dados como esses, é possível observar que poderá faltar adubo daqui um tempo em terras brasileiras. E como uma boa fatia do PIB brasileiro é de responsabilidade do agronegócio, a situação torna-se um pouco mais delicada.
E tem mais: além dos fertilizantes, o Brasil também importa da Rússia fontes de energia, como carvão e petróleo, o que pode agravar, também, o setor energético – e refletir no bolso dos consumidores.
Há um consenso entre os economistas que realizam projeções da economia brasileira: a inflação será o principal impacto da guerra. Logo, o que já estava alto, ficará ainda mais.
Se a instabilidade do mundo já era presente com a Covid-19, agora com a guerra as commodities irão continuar subindo. Quanto às projeções da economia, o último relatório Focus, divulgado pelo Banco Central no dia 25 de março de 2022, a expectativa do mercado sobre a inflação subiu de 6,59 para 6,86. Além deste ano, o número foi revisado para todos os anos até 2024.
Para o brasileiro, a alta dos produtos já é uma realidade há algum tempo. E independentemente de qual seja a causa disso – se pandemia ou guerra –, a realidade já tem assustado diversas famílias: só em março, 77,5% delas estavam endividadas.
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