quarta-feira - 11 de agosto de 2021

Grandes crises econômicas e seus impactos ao redor do mundo

Ainda que o Brasil e vários outros países vivam até hoje os desafios da pandemia da Covid-19, iniciada no fim de 2019, não há dúvidas de que ela já entrou para a lista de grandes crises mundiais da história.

Ao lado de outras recessões que a sociedade já enfrentou, como a da quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque ou a dos mercados imobiliários de 2008, a Covid-19 não impactou só no setor sanitário, mas também na economia de diversas nações, bem como em suas políticas. 

Ao longo dos últimos meses, o Portal Cessão de Créditos trouxe diversas notícias sobre as repercussões da atual pandemia no contexto econômico, como a questão da inadimplência ou do aumento dos empréstimos. Porém, o foco do texto de hoje será sobre outras crises mundiais que entraram para a história.

Acompanhe a leitura e saiba mais!

Afinal, por que essas crises acontecem?

Engana-se quem pensa que a economia é segura a todo momento. Na realidade, ela apresenta uma grande oscilação, principalmente se o sistema econômico for o capitalismo. Diante disso, entende-se porque algumas crises acontecem. 

Por conta da lei da oferta e demanda por parte da população e dos produtores, instabilidades econômicas podem surgir de diferentes formas e intensidades. Sendo assim, os impactos podem ser bem preocupantes, como a diminuição de lucros, demissão de funcionários e aumento do desemprego.

Nos últimos 100 anos, o mundo enfrentou dificuldades que exigiram tomadas de decisões e medidas que, de acordo com especialistas, muitas vezes servem para que a sociedade sofra menos em um próximo desafio. Saber de ocasiões passadas e como foram enfrentadas pode ser de grande valia para viver o que acontece atualmente. 

Exemplos de crises mundiais

Separamos três exemplos de grandes crises que já aconteceram ao redor do mundo, em momentos bastante distintos. Confira:

Crise das Tulipas (1637)

Considerada como a primeira bolha especulativa da história, a Crise das Tulipas aconteceu na Holanda e, como o próprio nome sugere, foi causada pela grande procura por essa flor de beleza única.

Com a população holandesa desejando cada vez mais as tulipas, elas se tornaram objeto de luxo, aumentando cada vez mais o seu valor 一 e esse aumento foi tanto que elas chegaram a valer o preço de uma casa.

Com o passar dos anos, percebeu-se que a flor não valia tanto assim e aí, como consequência, a bolha estourou, visto que o valor era sustentado pela especulação e não pelo seu real valor.

A Grande Depressão (1929)

Depois da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os Estados Unidos tiveram bastante prosperidade econômica, principalmente no início da década de 1920. Mas, a partir de 1925, a Europa já estava melhor estabelecida e passou a comprar menos dos estadunidenses, uma vez que sua economia já estava parcialmente recuperada.

Com esse cenário, muitas empresas foram à falência, por não terem diminuído o ritmo de produção. O grande estopim foi a queda das ações da Bolsa de Nova Iorque em 1929.

A crise dos países da América Latina (década de 1980)

Vários países latino-americanos se endividaram de forma muito rápida no final dos anos 60 e meados dos anos 70, por conta do acesso ao crédito barato. Boa parte dos empréstimos realizados foi utilizada para projetos de infraestrutura desses países. Logo, todos eles tiveram aumento em suas taxas PIB, incluindo o Brasil.

Contudo, com o aumento da inflação dos Estados Unidos, causada pela grande alta dos preços do petróleo, eles aumentaram os seus juros para controlá-la. E isso, é claro, pesou no bolso desses países que estavam em desenvolvimento.

Crise Financeira de 2008

Resultado de uma bolha imobiliária, a Crise Financeira de 2008 é considerada uma das grandes crises econômicas desde a Grande Depressão. Um verdadeiro efeito dominó, iniciado no fim da década de 90 nos Estados Unidos, combinou todos os fatores para um desastre econômico: empréstimo fácil (resultando em muitas dívidas), repasse de créditos e investimentos arriscados.

Tudo isso culminou em uma grande recessão que afetou o mundo todo. O dia 15 de setembro de 2008, quando um dos bancos de investimentos mais tradicionais dos Estados Unidos anunciou sua falência, entrou para história como “segunda-feira negra” – o marco da crise.

Os efeitos da Crise de 2008 puderam ser sentidos durante anos, prejudicando economias de vários países, incluindo o Brasil.


Esses foram alguns exemplos de crises que chacoalharam a economia mundial. O lado bom? Todas elas passaram e trouxeram aprendizados. Se hoje enfrentamos desafios com a pandemia da Covid-19 sabemos que, eventualmente, eles também serão deixados para trás.

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