quarta-feira - 13 de janeiro de 2021

Entenda como a portabilidade do cheque especial irá funcionar

Incentivadas fortemente pelo Banco Central (BC), operações como o Open Banking e o Pix já são realidade no Brasil. Além dessas mudanças, que foram bastante comentadas no fim do ano passado, muitas outras estão por vir no sistema financeiro do país, como é o caso da portabilidade de créditos entre duas instituições financeiras, isto é, da transferência de créditos de um banco a outro.

Adiada pela terceira vez pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), as novas regras da portabilidade passam a valer a partir de março de 2021. E uma das alternativas está ligada diretamente às dívidas no cheque especial.

Para tirar todas as suas dúvidas, explicaremos mais detalhadamente como o procedimento irá acontecer, bem como os pontos que você precisa ficar atento.

Por que fazer a portabilidade?

Como já explicamos anteriormente, a inadimplência por parte dos brasileiros se acentuou demais com a pandemia do Covid-19. Dentre as causas mais frequentes para essas dívidas estão os cartões de crédito, os financiamentos e os cheques especiais.

Para a educadora financeira Ana Rosa Vilches, é preciso prestar muita atenção ao último item mencionado (cheque especial). Em entrevista ao UOL, ela explicou que as pessoas acabam acreditando que ele é um complemento da renda, então a dívida acaba crescendo de maneira exorbitante, devido aos juros altos da modalidade. No entanto, com a possibilidade da transferência dessa dívida, o devedor pode usufruir de taxas menores na hora do pagamento.

Apesar da taxa do cheque especial ter diminuído no fim de 2020, de acordo com uma pesquisa realizada pelo PROCON-SP com seis instituições financeiras, ela ainda permanece na casa dos 8%. Por essa razão, a transferência da dívida precisa ser muito bem pensada e analisada.

3 pontos que precisam ser observados

Com a atual situação econômica da maior parte da população brasileira, o que menos se quer é trocar gato por lebre. Por isso, relacionamos 3 pontos essenciais que você precisa prestar muita atenção antes de seguir com a portabilidade do seu cheque especial.

1 – Compare as taxas

Mesmo a taxa de juros sendo de aproximadamente 8%, alguns bancos possuem valores menores que outros. Informações disponibilizadas pelo BC mostram que o campeão dos juros no cheque especial tem taxa média de 16,15% ao mês. Por outro lado, o banco com a menor taxa cobra uma média de 1,52% ao mês. Portanto, antes da escolha, faça uma análise comparativa entre as opções. 

2 – Cobrança de tarifas

Caso você queira transferir seu cheque especial para outro banco, fique atento às novas tarifas que isso poderá gerar, uma vez que o novo banco irá solicitar a abertura de uma conta em seu nome. Logo, verifique também os valores de taxas de transferências, saques e demais transações.

3 – O valor total da dívida não pode ser maior

O Banco Central proíbe que o banco que vai receber sua dívida do cheque especial estabeleça um valor total maior do que o devido no banco anterior. Fique atento a isso. Afinal, de que adianta ter taxas de juros mensais mais baixas se o valor total da dívida for maior, porque o banco cobra mais parcelas?


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