Incentivadas fortemente pelo Banco Central (BC), operações como o Open Banking e o Pix já são realidade no Brasil. Além dessas mudanças, que foram bastante comentadas no fim do ano passado, muitas outras estão por vir no sistema financeiro do país, como é o caso da portabilidade de créditos entre duas instituições financeiras, isto é, da transferência de créditos de um banco a outro.
Adiada pela terceira vez pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), as novas regras da portabilidade passam a valer a partir de março de 2021. E uma das alternativas está ligada diretamente às dívidas no cheque especial.
Para tirar todas as suas dúvidas, explicaremos mais detalhadamente como o procedimento irá acontecer, bem como os pontos que você precisa ficar atento.
Como já explicamos anteriormente, a inadimplência por parte dos brasileiros se acentuou demais com a pandemia do Covid-19. Dentre as causas mais frequentes para essas dívidas estão os cartões de crédito, os financiamentos e os cheques especiais.
Para a educadora financeira Ana Rosa Vilches, é preciso prestar muita atenção ao último item mencionado (cheque especial). Em entrevista ao UOL, ela explicou que as pessoas acabam acreditando que ele é um complemento da renda, então a dívida acaba crescendo de maneira exorbitante, devido aos juros altos da modalidade. No entanto, com a possibilidade da transferência dessa dívida, o devedor pode usufruir de taxas menores na hora do pagamento.
Apesar da taxa do cheque especial ter diminuído no fim de 2020, de acordo com uma pesquisa realizada pelo PROCON-SP com seis instituições financeiras, ela ainda permanece na casa dos 8%. Por essa razão, a transferência da dívida precisa ser muito bem pensada e analisada.
Com a atual situação econômica da maior parte da população brasileira, o que menos se quer é trocar gato por lebre. Por isso, relacionamos 3 pontos essenciais que você precisa prestar muita atenção antes de seguir com a portabilidade do seu cheque especial.
Mesmo a taxa de juros sendo de aproximadamente 8%, alguns bancos possuem valores menores que outros. Informações disponibilizadas pelo BC mostram que o campeão dos juros no cheque especial tem taxa média de 16,15% ao mês. Por outro lado, o banco com a menor taxa cobra uma média de 1,52% ao mês. Portanto, antes da escolha, faça uma análise comparativa entre as opções.
Caso você queira transferir seu cheque especial para outro banco, fique atento às novas tarifas que isso poderá gerar, uma vez que o novo banco irá solicitar a abertura de uma conta em seu nome. Logo, verifique também os valores de taxas de transferências, saques e demais transações.
O Banco Central proíbe que o banco que vai receber sua dívida do cheque especial estabeleça um valor total maior do que o devido no banco anterior. Fique atento a isso. Afinal, de que adianta ter taxas de juros mensais mais baixas se o valor total da dívida for maior, porque o banco cobra mais parcelas?
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