Os últimos anos trouxeram dificuldades extras para boa parte da população. Entre outros problemas, a vulnerabilidade financeira atingiu inúmeras famílias brasileiras. Diante desse cenário, os números de endividados e inadimplentes subiu consideravelmente.

Talvez uma pergunta surja na sua cabeça neste momento. Como assim endividados e inadimplentes? As palavras não significam a mesma coisa, elas não são sinônimos? A resposta curta é negativa.

Cada termo citado refere-se a conceitos e casos diferentes, embora, devido sua similaridade, sejam facilmente confundidas no dia a dia.

Continue a leitura para compreender quais são as diferenças entre endividado e inadimplente.

Endividamento: o que significa?

Endividamento significa possuir dívidas que precisaremos pagar futuramente. Imagine que você financiou uma bicicleta caríssima para seus passeios e a primeira parcela vencerá no próximo mês, aí está uma dívida — enquanto as prestações do financiamento estiverem em dia, ela será considerada apenas isso.

Para muitas pessoas, a palavra endividamento é assustadora, pois não há nada pior que passar todas as despesas mensais no cartão de crédito, por exemplo, para pagar futuramente. De fato, o endividamento acima do orçamento é um problema.

Apesar disso, contrair dívidas, solicitar linhas de crédito e empréstimos pode ser uma ferramenta útil na hora do aperto ou para realizar algum sonho, como o exemplo citado acima. É preciso, no entanto, haver um bom planejamento financeiro para honrar os compromissos assumidos.

Em caso de descumprimento dos pagamentos, o endividamento se transforma em inadimplência.

Inadimplência: tudo atrasado ao mesmo tempo

Estar inadimplente é não ter honrado suas dívidas contraídas ao longo do tempo. Quando as parcelas do financiamento se acumulam em atrasos ou você fica sem dinheiro para acertar as despesas utilizadas no cartão de crédito.

Com a inadimplência, você terá seu nome atrelado a órgãos de proteção de crédito, tais como o SPC e Serasa, que é conhecido como nome negativado.

Uma vez que isso ocorra, ficará mais difícil para solicitar novas linhas de créditos, conseguir empréstimos e financiamentos.

Como evitar a inadimplência?

A resposta óbvia é realizar os pagamentos nas datas devidas. No entanto, vários problemas podem dificultar o percurso. Ter um bom controle de seus gastos e evitar o acúmulo de dívidas desnecessárias é importante.

As compras por impulso geralmente são as mais prejudiciais. É quando o pouco se torna muito. São aquelas dívidas pequenas que acumuladas geram um valor exorbitante no fim das contas. Isso ilustra bem o modo como diversas pessoas contraíram dívidas com cartões de crédito e, devido aos juros, não conseguiram acertar os atrasos e ficaram inadimplentes.

O desemprego é outro fator que impacta diretamente no aumento da inadimplência. Nos anos de pandemia muitas pessoas ficaram sem renda ou seus empregos, o que os levou a abdicar dos pagamentos de algumas dívidas.

Além do planejamento financeiro e do controle de gastos, citados ao longo deste artigo, outra ferramenta útil para manter suas dívidas em dia, mesmo diante de circunstâncias inesperadas, é construir uma boa reserva financeira.

Em suma, para evitar a inadimplência esteja atento ao seu endividamento e cumpra com os compromissos assumidos.

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