O Brasil tem 74% das famílias endividadas. Essa parcela, referente a setembro deste ano, supera todas as marcas já registradas pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) que é realizada todos os meses desde 2010.
Diretamente ligado ao cenário atual, reflexo da pandemia, são muitos motivos para que esse percentual esteja tão alto e seja preocupante. Confira a seguir um pouco mais sobre o panorama da economia brasileira.
A Peic, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou em setembro uma tendência que vem sendo constatada desde abril deste ano: o aumento de dívidas por parte das famílias.
Para aquelas que recebem até dez salários mínimos, o endividamento subiu de 74,2% para 75%. Se comparado com o mesmo período de 2020, a fatia de famílias endividadas dessa faixa de renda era de 69%.
Já entre as famílias que têm renda acima de dez salários mínimos, a porcentagem de endividamento aumentou de 67,6% para 68,9% 一 quase 10% a mais do que foi registrado em setembro de 2020 (59%).
Além desses dados, a pesquisa também aborda questões de quantas pessoas estão com dívidas em atraso (25,5%) e a parcela de pessoas endividadas que não têm condições de pagar suas contas (10,3%).
Um ponto interessante a ser destacado é que, mesmo com o endividamento em alta, os sinais de inadimplência entre a população estão diminuindo; em setembro de 2020, o descumprimento de dívidas era superior.
Além do efeito pandemia que afetou boa parte da sociedade, outros impasses também ajudaram para que esse número recorde fosse atingido.
Segundo a CNC, alguns fatores que influenciaram nesse resultado foram:
A entidade diz ainda, que o maior causador desse alto endividamento está relacionado aos juros menores para a tomada de empréstimo em instituições financeiras. Em outras palavras, as famílias fazem empréstimos para complementar a renda mensal, mas sem condições de quitá-los em tempo hábil.
Se por um lado muitas famílias estão endividadas, por outro, diversas empresas estão sem receber um valor considerável de suas receitas. Para aliviar um pouco desse problema, duas opções podem ser consideradas:
Nessa primeira opção, uma empresa de pequeno, médio ou grande porte pode solicitar a antecipação de seus recebíveis.
Por exemplo: os valores de compras efetuadas em cartões de crédito, carnês ou cheques pré-datados só farão parte do caixa posteriormente. Então, ao antecipá-los, você tem a possibilidade de ter em mãos um dinheiro que já é seu, mas de forma mais ágil.
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A cessão de créditos é uma prática que cresce no Brasil. Com ela, uma empresa consegue receber uma boa parcela dos dividendos e passa o direito de cobrança para outra instituição.
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