O ano de 2025 está apenas no início, mas o cenário é de bastante cautela na economia brasileira após um fechamento de ano de apreensão no mercado financeiro. Isso se deve principalmente à alta da inflação, que superou a meta, à valorização do dólar e às incertezas em relação à política fiscal do governo.
Todos estes fatores impactam diretamente o mercado, prejudicando o ambiente de negócios no Brasil, interferindo no dia a dia das empresas e dos consumidores.
Siga com a leitura e entenda melhor os principais indicadores de 2024 e o que os especialistas preveem para a economia este ano no Brasil.
2024 foi bastante desafiador para a economia brasileira e, apesar de alguns indicadores positivos registrados ao longo do ano, como crescimento do PIB e a geração recorde de empregos, por exemplo, o fechamento foi de preocupação no mercado financeiro.
Confirmando a expectativa do mercado, o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2024 com uma alta acumulada de 4,83% de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Com isso, a inflação oficial do Brasil ficou acima do teto da meta – definido em 4,5% pelo Conselho Monetário Nacional.
Vale lembrar que para tentar frear a escalada da inflação, em setembro o Banco Central retomou o ciclo de aumento da taxa básica de juros, que fechou 2024 em 12,25% ao ano. Além disso, a política fiscal do governo federal e a condução dos gastos públicos elevou a desconfiança do mercado, contribuindo para a desvalorização do real – o dólar comercial, que em janeiro estava cotado em R$ 4,89, fechou o ano em alta histórica, atingindo R$ 6,19 no final de dezembro.
O desempenho da economia em 2024 levou o mercado financeiro a revisar, mais uma vez, a estimativa da inflação para 2025, que passou para 5% no Boletim Focus divulgado em 13 de janeiro. A taxa cambial também foi revisada pelo mercado, com a estimava de que o dólar chegue ao final de 2025 em R$ 6,00.
Em entrevista à CNN Brasil, Elinar Rivero, analista da Elos Ayta, destacou que a moeda norte-americana deve seguir em alta no primeiro trimestre do ano e explicou os fatores que podem frear a escalada do dólar. “Para 2025, a recuperação do real dependerá de uma combinação de fatores. Reformas estruturais capazes de atrair investimentos, aliados a um ambiente externo mais favorável, poderão reduzir a pressão cambial”, afirma.
Em relação aos juros da economia brasileira, a estimativa dos executivos entrevistados no Boletim Focus é que a Taxa Selic siga aumentando ao longo de 2025, chegando a 15% ao ano até dezembro.
Mas de que forma a aceleração da inflação, o dólar em alta e o aumento dos juros podem impactar a vida das pessoas e das empresas?
Em sua coluna no jornal O Globo do último sábado (11), o jornalista Carlos Alberto Sardenberg lembrou os impactos deste cenário no dia a dia da economia e de que forma esses indicadores influenciam no poder de investimento das corporações e na intenção de consumo das famílias.
“Fica evidente que o dólar caro eleva a inflação por diversos caminhos. O Brasil importa muito, e as importações cresceram no ano passado, com a economia aquecida. Na sequência da inflação em alta, aparece de novo o problema do repasse de preços. A empresa produtora paga mais caro pelos seus insumos e precisa calcular quanto pode repassar para seus preços sem perder competitividade”, destaca Sardenberg ao lembrar que as mudanças na economia dependem dos rumos que as contas públicas irão tomar ao longo do ano.
E diante de um cenário tão incerto como o que se desenha para 2025, manter as operações em dia nem sempre é uma tarefa fácil. Por isso, recorrer ao mercado de cessão de créditos pode ser uma excelente alternativa. Conheça as diferentes modalidades de compra e venda de ativos do Portal Cessão de Créditos e veja qual a opção que mais atende às necessidades de sua empresa.
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