De acordo com a pesquisa semestral International Business Report (IBR) 72% dos empresários brasileiros se posicionaram otimistas com as previsões de economia para 2024. As expectativas positivas incluem a percepção dos índices econômicos internacionais que se mostraram resilientes e moderados – o que (obviamente) refletiria na economia brasileira.
Sabe-se que, as tendências da economia mundial flutuam muito rapidamente. No entanto, o residual do comportamento do comércio internacional e dos investimentos tende a ser incisivo em um cenário localizado, ou seja, de previsões a acontecimentos, a economia de um país pode ser impactada.
Como isso se explica e o que esperar de 2024?
Como parte do cenário econômico global, a economia brasileira responde às alterações nos recursos internacionais, o que impacta diretamente as variáveis internas. De 2020 para cá, foram muitos os esforços para conter a iminente crise diante de situações extremas – como por exemplo a pandemia e mais recentemente os combates/guerras. Para além das políticas externas, o Brasil enfrentou desaceleração enquanto se estruturava para manter taxas e índices internos.
Já para o período iniciado, de acordo com a OCDE, a atividade econômica brasileira está “convergindo para o crescimento potencial”, com uma demanda doméstica e global enfraquecida. No mesmo relatório, estima-se um crescimento de 1,8% na economia para 2024.
Quando citada a relação de comércio exterior, a economia brasileira seria impactada diretamente pela desaceleração da economia chinesa – um dos nossos principais compradores – porém, apesar disso, a OCDE ainda projeta alta de 4% nas vendas do Brasil para o exterior neste ano.
Não à toa, esses dados, todos divulgados ao fim de 2023, trouxeram certa confiança para o empresariado brasileiro. O país, mesmo diante dos riscos da desaceleração econômica, promete bons frutos econômicos. Basta saber o que fazer com toda essa informação.
Enquanto a recuperação de alguns países foi um tanto “decepcionante” – a exemplo da China – o mercado internacional já se comportava de maneira próspera no início de 2023. É verdade que, após um grande fôlego e surpreendente melhora, muitos países tiveram de acertar seus pontos, incluindo aumento de taxas e redução de bônus. Mas, é justamente a adaptação e resiliência econômica que reverberaram na queda da inflação mundial.
Dentro das expectativas para 2024, a desaceleração continua e traz pontos de atenção – isso porque, há previsão econômica negativa para o curto prazo. Segundo o relatório de Situação Econômica Mundial e Perspectivas para 2024, principal relatório econômico da ONU, o crescimento é menor do que o esperado em todo o mundo.
E, quando analisados os padrões da América Latina, trazendo para a realidade brasileira, as perspectivas são de um crescimento econômico ainda menor. Estima-se um aumento no PIB de 1,6% para 2024, após estimativa de 2,2% em 2023. Em resumo, o Brasil, mesmo com queda na inflação e cenários otimistas, não tem como escapar de um movimento da economia global.
Relatórios, estimativas e projeções são essenciais para nortear decisões de grandes gestores, empresas e companhias. É preciso compreender a sazonalidade dos ciclos econômicos para se manter ativo no mercado, buscando recuperação e/ou investimento em ativos com possíveis lucros.
Melhora na inflação e redução na taxa básica de juros ainda em 2024, são alguns dos dados que deixam o mercado otimista; nesse sentido, com empresariado confiante, mais dinheiro injetado e uma economia menos flutuante.
O Portal Cessão de Créditos traz semanalmente artigos com conteúdo relacionado ao mercado de créditos. Um assunto que está diretamente ligado ao mercado financeiro e à economia brasileira.
Indicamos a leitura: