A nova etapa do Desenrola Brasil teve início na última semana de setembro. De acordo com o Ministério da Fazenda, 924 credores aderiram ao programa de forma voluntária nesta segunda fase.

Em vigor desde julho, a primeira fase do Desenrola abrangeu a Faixa 2, constituída por renegociações de débitos de qualquer valor com devedores de renda de até R$ 20 mil e que estivessem fora do CadÚnico.

Segundo a Febraban, R$ 14,3 bilhões em dívidas com instituições financeiras já foram renegociados desde o início da ação organizada pelo Governo Federal. Além disso, a Faixa 2 já limpou o nome de 6 milhões de pessoas com débitos de até R$ 100 que venceram até o fim do ano passado.

A seguir, entenda melhor sobre a segunda fase do Desenrola.

Como vai funcionar?

Em um primeiro momento, houve um leilão de descontos, a fim dos credores inscritos informarem o valor de dívidas que irão abater. Esses credores, por sua vez, foram organizados por segmentos (securitizadoras, comércio varejista, financeiros, telecomunicações, eletricidade, saneamento, educação, micro e pequenas empresas, etc.) e por idade de dívidas de acordo com o ano da inadimplência (2019 a 2022).

Os credores vencedores do leilão, isto é, que ofereceram mais descontos, entram no processo de renegociação e recebem em torno de R$ 7,5 bilhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO) do Tesouro Nacional.

Depois dessa parte, é hora da renegociação com os clientes inadimplentes. Mas, antes, os consumidores devem conferir se suas dívidas estão inscritas no programa. Para isso, é preciso ter uma conta gov.br.

Essa conciliação de dívidas entre as partes será dividida da seguinte forma:

1. Primeiro, dívidas de até R$ 5 mil, que somam R$ 78,9 bilhões;
2. Depois, dívidas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil, que somam R$ 161,3 bilhões.

Destinada para a Faixa 1, público composto por pessoas físicas com renda mensal de até dois salários mínimos (R$ 2640) ou que estejam cadastrados no CadÚnico, essa fase do Desenrola visa renegociar dívidas bancárias e não bancárias.

Ao renegociar a dívida, o cliente consegue quitar seus débitos com desconto em até 60 meses e com juros de até 1,99% ao mês. O governo estima que aproximadamente 40 milhões de pessoas serão beneficiadas e R$ 50 bilhões em dívidas serão renegociados.

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