quarta-feira - 4 de dezembro de 2024

Descubra como Pedro Felipe vem desmistificando a cobrança no Brasil

Uma trajetória profissional recheada de experiência, conhecimento e desafios. Ao longo dos quase 18 anos de jornada no mercado de cobrança, Pedro Felipe hoje desfruta de um espaço único: há pouco mais de um ano criou o Podcast Contra Ponto com o objetivo de desmistificar a cobrança, “mostrando que ela não é algo ruim, mas uma ferramenta que ajuda as pessoas a sair do endividamento”.

E os resultados têm sido expressivos. Desde a sua criação, o podcast já alcançou mais de 3 milhões de pessoas, tornando-se um ponto de referência no mercado. Além disso recentemente ele ainda foi eleito pela CMS Brasil como um dos líderes que mais se destacam na indústria de Riscos e Finanças no Brasil, na categoria KNOWLEDGE LEADERS TECH.

 O Portal Cessão de Créditos bateu um papo com o especialista sobre sua trajetória e ainda como ele enxerga as perspectivas para o mercado de cessão de créditos no próximo ano.

Confira!

1 – Conte-nos um pouco sobre a sua trajetória profissional e como se especializou no mercado de crédito e cobrança.

Minha jornada no mercado de cobrança começou em 2007, quando iniciei como operador de cobrança na antiga financeira FINASA, que mais tarde se tornou Bradesco Financiamento. Meu trabalho era recuperar prestações de financiamento bancário. Graças ao meu alto desempenho fui promovido a assistente de supervisão e, posteriormente, a coordenador. Durante esse período, conquistei prêmios importantes, como o PRC (Programa de Recuperação de Crédito) do Bradesco e a campanha anual “No Ritmo da Recuperação” do Banco Panamericano.

Quando retornei à minha cidade natal, Salvador-BA, assumi a cobrança massificada de uma grande varejista do Nordeste, a Cencosud. Lá, continuei a obter resultados expressivos, acumulando diversas premiações por atingir as metas propostas.

Em 2017, voltei a São Paulo para um novo desafio: estruturar um processo de cobrança no segmento educacional, focado no mercado universitário. Após um ano, aceitei a proposta de ajudar empresas a melhorar a recuperação de crédito por meio de tecnologia – área onde atuo até hoje.

Ainda assim, senti que poderia fazer mais para o setor e fundei o Podcast Contra Ponto. Nosso objetivo é desmistificar a cobrança, mostrando que ela não é algo ruim, mas uma ferramenta que ajuda as pessoas a saírem do endividamento. Desde a sua criação, o podcast já alcançou mais de 3 milhões de pessoas, tornando-se um ponto de referência no mercado.

2 – Você foi eleito pela CMS Brasil como um dos líderes que mais se destacam na indústria de Riscos e Finanças no Brasil, na categoria KNOWLEDGE LEADERS TECH. O que essa premiação significa para você?

Essa premiação é uma realização incrível, especialmente após 17 anos de dedicação ao mercado. Ser reconhecido ao lado de grandes nomes da indústria de crédito e cobrança é uma honra imensa. Para mim, é o reflexo de um trabalho comprometido em levar conhecimento e promover mudanças práticas que melhoram os resultados da nossa indústria. É uma motivação para continuar inovando e contribuindo com o mercado.

3 – Há pouco mais de um ano surgiu o Podcast Contra Ponto. Como surgiu essa ideia e quais os planos para o futuro do canal?

A ideia do podcast nasceu de uma necessidade pessoal. Eu procurava conteúdo sobre crédito e cobrança e não encontrava nada relevante ou confiável. Percebi que o mercado era carente de informações consistentes e práticas. Isso me motivou a criar um espaço onde fosse possível discutir, de forma aberta e acessível, os desafios e oportunidades do setor.

Quanto ao futuro, temos projetos ambiciosos. Estamos organizando grandes eventos, como um mesão para promover a troca de informações e estratégias, cobrindo desde a cessão de crédito até a venda de créditos não performados. A ideia é conectar todos os elos dessa cadeia – concessão, assessoria e recuperação – para proporcionar uma visão mais ampla e estratégica do mercado.

4 – Em sua opinião, quais as principais mudanças que o mercado de crédito passou nos últimos anos, e como isso impactou tanto os consumidores, quanto as instituições financeiras?

A digitalização da população e a entrada de fintechs e novos bancos transformaram o mercado. Os consumidores passaram a ter mais opções, o que forçou as instituições a se adaptarem e oferecerem condições mais atrativas. Hoje, um grande desafio para as financeiras é criar estratégias para manter os clientes na base, mesmo em situações de inadimplência, fortalecendo a relação de confiança e oferecendo crédito de forma mais personalizada.

 5 – Quais tendências você enxerga para o futuro do mercado de cessão de créditos?

O mercado de cessão de créditos está evoluindo rapidamente, sendo adotado como uma estratégia eficiente para gerar caixa e permitir que as empresas se concentrem em suas atividades principais. Tanto os players consolidados quanto os novos entrantes estão enxergando oportunidades nesse segmento.

Com isso, processos têm sido refinados, e há um aumento na busca por assessorias especializadas para intermediar e acompanhar as transações, minimizando riscos futuros. Além disso, a adequação às diretrizes judiciais, como a proibição de cobrança de dívidas prescritas, será essencial para o crescimento sustentável do setor.

6 – Qual a sua perspectiva para o segmento em 2025?

A combinação de inteligência artificial generativa e análises avançadas de dados deve transformar o mercado. A tomada de decisão será cada vez mais assertiva, desde a concessão de crédito até a recuperação e cessão de créditos não performados. Essas tecnologias estão se tornando indispensáveis para aumentar a eficiência e criar estratégias personalizadas, o que promete revolucionar o setor nos próximos anos.

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