quarta-feira - 23 de março de 2022

Crédito privado: entenda o que é e por que investir neste mercado

Durante muito tempo, investidores de todo o país deixaram de investir em fundos de renda fixa simplesmente porque eles não eram mais tão atrativos. Contudo, isso teve uma mudança significativa com o cenário enfrentado nos últimos dois anos.

Como já abordamos por aqui, a inflação tem tudo para ser um grande problema na economia brasileira em 2022. Porém, com o aumento da taxa Selic e, consequentemente, dos juros sobre produtos e serviços, essa questão pode ser muito vantajosa àqueles que investem em renda fixa.

Tal fato fez com que diversas pessoas mexessem em seu portfólio de ativos, considerando, inclusive, as aplicações em crédito privado. De acordo com especialistas, essa frente é uma ótima alternativa para diversificação e já não se encontra mais em um mercado instável – aliás, muito pelo contrário.

Descubra mais sobre esse tipo de investimento a seguir.

O que é crédito privado?

Formado por títulos de dívidas de empresas privadas, o crédito privado funciona a partir da venda dessas cotas a fim de auxiliar no financiamento dos projetos de uma companhia. Quando uma pessoa investe em títulos como esse, o valor que é recebido volta com juros.

Dentre as aplicações de renda fixa, o crédito privado é o que mais apresenta riscos. Primeiro por contar com a incerteza da inadimplência por parte das empresas e, depois, por não ter garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

No entanto, ao mesmo tempo em que apresenta riscos, tal investimento proporciona uma boa rentabilidade. Assim, investir no crédito privado sempre foi mais indicado para investidores de perfil moderado – aqueles que apresentam maior tolerância ao risco. 

Mercado mais saudável

Mesmo com os riscos que o investimento em crédito privado apresenta, o mercado, hoje, encontra-se mais saudável do que no período pré-pandemia. E isso se deve a três fatores:

1) Menor número de emissões que remuneram a partir do CDI

Os chamados spreads (ou seja, a diferença de remuneração dos títulos privados e públicos de dívida) estão em uma fase bem promissora. Além disso, pelo fato do mercado estar com menos operações em “percentual do CDI”, o crédito privado acaba ficando menos volátil.

2) Retorno dos fundos de crédito

Alguns anos atrás, os fundos de crédito estavam pagando muito pouco ao investidor. Todavia, com a taxa Selic no valor de 10,75% ao ano atualmente, essa realidade mudou.

3) Aumento da liquidez

A liquidez nas negociações secundárias teve um crescimento considerável devido ao aumento de casas que montam estruturas de crédito aos investidores. Logo, quanto mais agentes atuando no mercado, menos riscos de se repetir as ações tomadas no auge da pandemia – que se resumem basicamente em aumento da volatilidade e resgates dos créditos.


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