Um dos principais indicadores do setor de cessão de créditos é o índice de inadimplência dos consumidores. Afinal, este dado traz informações relevantes ao mercado, apontando, entre outras coisas, a capacidade de consumo das famílias, as principais contas em atraso e o perfil dos inadimplentes.
De forma geral, o índice de inadimplência vem subindo no Brasil ao longo do ano, com mais de 70 milhões de brasileiros com o nome negativado. E para 2025 a expectativa é que o recente ciclo de altas da taxa Selic tenha algum reflexo neste cenário, já que os juros mais altos tendem a frear o consumo das famílias.
Acompanhe o texto e entenda melhor sobre os indicadores de inadimplência no Brasil neste ano e as perspectivas para os próximos meses.
Ao longo de 2024 a taxa de inadimplência no Brasil cresceu em praticamente todos os meses quando comparada com 2023. De acordo com o relatório mais recente do Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa, o maior índice do ano foi registrado em abril, com 73,4 milhões de pessoas inadimplentes, aproximadamente 2 milhões a mais do que em abril de 2023.
Ao analisar a evolução mensal dos dados entre 2024 e 2023 é possível observar que o ano iniciou com um grande salto no número de pessoas com contas em atraso, passando de 70 milhões em janeiro do ano passado, para 72 milhões em janeiro de 2024, patamar que se manteve em praticamente todos os meses.
Setembro foi o único mês até agora que registrou um volume de inadimplentes ligeiramente abaixo do mesmo mês de 2023, passando de 72,8 milhões em setembro do ano passado para 72,6 milhões em 2024. Porém, em outubro, o índice voltou a subir, alcançando 73,1 milhões de pessoas.
Outra informação relevante para o mercado de cessão de créditos é em relação ao comportamento do consumidor, que pode ser medido a partir do perfil dos inadimplentes e dos principais segmentos afetados pela inadimplência.
Ainda de acordo com o estudo da Serasa, a maior parte dos inadimplentes, cerca de 70% do total, tem idade entre 26 e 60 anos de idade, o que indica que a inadimplência é mais comum entre as pessoas em idade produtiva que, em geral, possuem mais responsabilidades financeiras.
Os bancos e os cartões de crédito são os segmentos que concentraram o maior volume de consumidores inadimplentes no país ao longo de 2024. Na sequência ficaram as empresas de utilities (água, luz e gás) e as financeiras. O varejo e o setor de serviços também aparecem no relatório entre os cinco segmentos mais demandados, oscilando de acordo com o mês.
Apesar de haver uma estimativa de aumento do endividamento das famílias em dezembro, puxado principalmente pelas despesas de fim de ano, a projeção da CNC é que a inadimplência siga estável. Isso se deve, principalmente devido ao comportamento das famílias diante de um cenário de juros altos – em dezembro a taxa Selic teve a terceira alta consecutiva, chegando a 12,25%.
Esta também é a avaliação da direção executiva do Bradesco, o segundo maior banco privado do Brasil, que acredita que a inadimplência permanecerá ‘relativamente estável’ em 2025 mesmo em meio ao ciclo de alta dos juros, como já foi veiculado na imprensa.
Por outro lado, a expectativa de estabilidade na inadimplência mantém o alerta para a recuperação de crédito nas empresas, uma vez que o não pagamento de suas contas, por parte dos clientes, impacta diretamente a saúde econômico financeira das empresas. Neste sentido, recorrer ao mercado de cessão de créditos pode ser uma boa opção para captar recursos e manter o fluxo de caixa equilibrado.
O Portal Cessão de Créditos oferece diferentes modalidades para compra e venda de carteiras. Converse com o nosso time e conheça as opções disponíveis.
Leia também:
https://www.blogcessaodecreditos.com.br/endividamento-familiar-o-maior-nivel-desde-novembro-de-2022/
https://www.blogcessaodecreditos.com.br/tendencias-do-mercado-de-cessao-de-creditos/