quarta-feira - 5 de janeiro de 2022

Desaceleração da economia em 2022: o que isso significa?

No dia 20 de dezembro de 2021, o mercado reduziu pela 10ª vez seguida a expectativa para o crescimento do PIB brasileiro – ao menos é o que mostra a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central. De acordo com os dados, a alta da economia brasileira deve crescer menos de 5% em 2021 e, em 2022, a expansão será ainda menor: 0,50%.

Acontecimentos como esses não são muito favoráveis ao país, visto que – nas projeções de 2021 – o PIB já vinha apresentando queda por dois trimestres consecutivos, conforme pode ser analisado abaixo:

  • 1° trimestre: a economia brasileira avançou 1,2% em comparação ao último trimestre de 2020;
  • 2° trimestre: o PIB teve um recuo de 0,1% em comparação ao primeiro trimestre de 2021;
  • 3° trimestre: novamente, o PIB teve uma queda de 0,1% no terceiro trimestre, quando comparado ao segundo.

Após esse resultado do 3° trimestre, confirmado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que a economia brasileira está em recessão técnica e que terá uma forte desaceleração em 2022.

Mas o que isso quer dizer? 

Projeções para a economia em 2022

Com a declaração de Guedes, é possível compreender que a subida dos juros para combater a inflação vai provocar uma desaceleração na economia neste ano. Porém, segundo o ministro, a política econômica está seguindo o caminho correto.

Para especialistas da área financeira, os resultados do PIB ao longo de 2021 mostram que força alguma vai ser capaz de fazer com que a economia acelere. Se, ao mesmo tempo, a vacinação permite a volta dos serviços, incertezas surgem com a nova variante da pandemia e também dessa política econômica praticada, em que elevação dos juros é uma das maiores dos últimos anos.

De acordo com o superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), Aloisio Campelo Júnior, o cenário é de desaceleração econômica e as expectativas sobre o PIB de 2022 só refletem isso. Agora, o que pesa sobre essa negativa são a inflação e o aperto monetário.

Para as pessoas jurídicas, essa situação impede com que empresários façam a tomada de crédito. Já para as pessoas físicas, a principal influência dessa economia instável é a inflação, que faz com que seu dinheiro não valha muito diante dos preços praticados no mercado.

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