A cada 45 dias, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) realiza a Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas a fim de avaliar junto às entidades financeiras quais são as expectativas para o mercado de crédito brasileiro.
Na última edição, divulgada no dia 18 de novembro de 2021, o levantamento contou com as projeções esperadas para a carteira de crédito total do Sistema Financeiro Nacional (SFN), das carteiras direcionada e livre e também da taxa de inadimplência da carteira livre. O estudo foi realizado entre os dias 4 e 9 de novembro e reuniu opiniões de 18 bancos.
As expectativas para 2022 estão bastante positivas já há algum tempo. Porém, com os últimos acontecimentos no mercado financeiro, como o aumento da taxa Selic, a expansão esperada para a carteira total de crédito vem sofrendo revisões de baixa.
De acordo com a última pesquisa da Febraban, a alta esperada de 7,4% em outubro passou a ser de 7,3% no mês seguinte. Essa baixa é um reflexo direto das perspectivas econômicas e também das condições financeiras – cada vez mais restritivas – e ocorreu principalmente na carteira de recursos livres (de 9,1% para 8%). Já a expansão projetada para a carteira direcionada teve uma queda menos significativa (4,2% para 4,1%).
Com esses panoramas, pessoas físicas e jurídicas terão maiores entraves para conseguirem acesso ao crédito, o que acaba acarretando em menos investimentos e geração de empregos.
Para 2021, a expectativa é de que a carteira total de crédito se mantenha em ritmo de expansão – a projeção de alta é de 12,7% ainda para este ano. Segundo Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, essa expansão se deve ao grande destaque para a carteira destinada às famílias, que tem sido cada vez mais procurada pela flexibilização das medidas restritivas e o avanço da vacinação contra a Covid-19.
Sobre a taxa de inadimplência, a Febraban aponta um pequeno aumento tanto para 2021 quanto para 2022. Para 2021, os números subiram de 3,2% para 3,4%, enquanto que para 2022, a estimativa passou de 3,5% para 3,7%.
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