quarta-feira - 2 de junho de 2021

3 motivos para a expectativa ser de mais inadimplência nos próximos meses

Se 2020 foi um ano incerto no setor econômico do Brasil, 2021 está indo pelo mesmo caminho até agora. Prova disso são os dados divulgados na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela CNC em abril deste ano.

Segundo o levantamento, 67,5% das famílias entrevistadas estão com dívidas no país todo, levando em conta os mais variados tipos de dívidas. Inclusive, a que mais se destaca é a do cartão de crédito, item recorrido por pouco mais de 80% das famílias no referido mês. 

Mas essa questão não é a única que preocupa os especialistas do mercado, visto que o aumento dos calotes também já vem sendo projetado pelos maiores bancos brasileiros de capital aberto.

Diante de todo esse cenário, listamos abaixo 3 motivos que comprovam essa expectativa de aumento na inadimplência entre a população.

1 – Os índices de inadimplência nos bancos já estão crescendo

Apesar de não serem tão exorbitantes, as taxas de calotes nos principais bancos vêm crescendo nos últimos meses. 

Por enquanto, instituições financeiras como Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander não estão sentindo o impacto causado. No entanto, o crescimento existe e as taxas com relação ao mês de abril se encontram da seguinte maneira:

  • Itaú: 2,3%;
  • Banco do Brasil: 1,95%;
  • Bradesco: 2,5%;
  • Santander: 2,1%.

De acordo com Carlos Bonetti, vice-presidente de controles internos e gestão de riscos do Banco do Brasil, esse índice deve evoluir nos próximos meses na carteira total. Mas, mesmo assim, é difícil fazer uma previsão certeira, dada a incerteza do momento que o país está vivendo.

2 – Piora nos setores econômicos

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) detectou que o Brasil teve uma retração econômica de 6,7% desde o início da pandemia, em março de 2020.

Conforme o estudo realizado pela entidade, o setor de comércio e indústria caiu 1,9% de março/2020 a fevereiro/2021. Já no de serviços, os estados que têm maior representação do setor no PIB (Bahia e Ceará) foram os mais impactados, com taxas de -16,2% e -15,3% respectivamente.

Para a Firjan, o programa de imunização contra a Covid-19 é fundamental para que o país consiga se recuperar economicamente.

3 – Menor valor para o auxílio emergencial

Uma apuração feita pelo Estadão/Broadcast afirma que o governo federal está trabalhando em cima de uma PEC para prorrogar o auxílio emergencial àqueles que têm sido impactados diretamente pela pandemia do coronavírus. Porém, ao invés de R$ 600, o auxílio terá um valor entre R$ 150 e R$ 375.

Perante tal fato, é fácil chegar à conclusão de que algumas dívidas continuarão sem serem pagas, uma vez que boa parte das famílias brasileiras opta pelos gastos básicos, como luz, água e alimentação.


Ainda que o cenário econômico não seja um dos mais favoráveis, o setor de créditos continua em alta. Portanto, caso você esteja pensando em colocar à venda a sua carteira, saiba que pode contar com o Portal Cessão de Créditos

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