O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), caiu no gosto dos brasileiros e, com apenas 6 meses de funcionamento, já anunciou novas funcionalidades. Inclusive, uma das novidades já está em vigor e a próxima tem lançamento previsto para esta sexta-feira (14).
As inovações estão ocorrendo por conta da boa aderência dos usuários. Conforme o BC, o Pix atingiu a marca de mais de 73 milhões de cadastrados. Desses, 68,7 milhões são pessoas físicas e 4,5 milhões pessoas jurídicas.
De acordo com um estudo feito pelo Data Nubank, o sistema foi adotado por pessoas de todas as faixas etárias e de renda, sobretudo entre 18 e 30 anos e com receita declarada de R$ 5 mil a R$ 10 mil por mês.
Confira a seguir quais serão as novas funcionalidades Pix e como irão funcionar.
Desde o lançamento, em novembro de 2020, um QR code gerado no Pix só pode ser pago imediatamente. No entanto, a partir de 14 de maio, haverá a possibilidade de gerar um código que possibilite um pagamento com vencimento futuro, como um boleto.
A instrução normativa foi publicada mês passado no Diário Oficial da União.
No início, o Pix permitia um limite de transferências de 50% do disponibilizado para TED ou 100% do referente a compras no cartão de débito. No entanto, o BC autorizou o reajuste deste limite. Com a mudança, em março, o limite mínimo para transferências passou a ser equivalente ao valor da transferência TED ou das compras feitas no cartão de débito.
O Saque Pix vai possibilitar ao usuário sacar dinheiro diretamente em pontos de lojistas. O objetivo é aumentar a capacidade de pontos de saque e melhorar as condições de oferta pelas instituições, reduzindo os custos para usuários finais.
A novidade ainda está em desenvolvimento e deve ser disponibilizada no terceiro trimestre de 2021.
Com o QR code pagador, um usuário poderá realizar um pagamento mesmo se ele não tiver acesso à internet. A mudança foi pensada visando as pessoas que têm um pacote de dados bastante limitado dentro do mês.
A expectativa do BC é que essa função esteja funcionando até o final deste ano.
A conta salário do usuário entrará para a lista de contas movimentáveis por Pix ainda no primeiro semestre deste ano. Com isso, o empregado pode escolher o banco em que quer receber e a empresa não teria ônus para enviar os recursos. Ou seja, deve baratear custos para o empregador e dar mais liberdade ao empregado.
Atualmente, para ter o dinheiro que transferiu de volta, deve-se pedir que o recebedor do Pix faça a devolução do valor pago. Mas, em breve, em casos de suspeita de fraude ou até mesmo falha operacional, haverá a possibilidade da devolução ágil do valor. A ideia é que assim como o envio do Pix, a devolução seja instantânea – cairá em, no máximo, 10 segundos. Para isso, o recebedor só precisa localizar a transação que deseja devolver no extrato bancário e, após clicar na transação, apertar o botão DEVOLVER.
O BC também anunciou que está trabalhando em uma solução que permitirá que os usuários realizem pagamentos por aproximação via tecnologia NFC (Near Field Communication). Essa tecnologia já está disponível em carteiras de pagamentos como Apple Pay, Samsung Pay e Google Pay.
Com operação muito semelhante ao cartão de crédito, o Pix Garantido possibilitará o parcelamento de compras feitas. Esta é uma das novidades mais aguardadas e está prevista para o primeiro semestre de 2022.
Também previsto para o ano que vem, o débito automático visa facilitar os pagamentos recorrentes, como contas de luz e energia, por exemplo. Com isso, o consumidor só precisa ter o dinheiro na conta na data do vencimento para que a instituição faça o pagamento automaticamente.
Se você gostou dessas novidades que o BC trará para o Pix, com certeza vai gostar de saber, também, sobre o API do WhatsApp que possibilitará pagamentos diretamente pelo aplicativo.
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