quarta-feira - 6 de janeiro de 2021

O impacto da Covid-19 sobre o consumo de crédito em 2020

O ano de 2020 foi marcado por uma grande crise econômica decorrente da pandemia de Covid-19. Em virtude disso, muitas pessoas foram desligadas das empresas em que trabalhavam e tiveram que recorrer a auxílios emergenciais distribuídos pelo governo. Porém, mesmo assim, o valor não foi o suficiente para suprir as contas básicas de casa, o que levou muitas famílias a ficarem endividadas e, consequentemente, consumirem crédito. 

Essas informações constam em um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, divulgado em dezembro de 2020. Segundo a Fecomercio/SP, o Brasil terminou o primeiro semestre do ano com 4,4 milhões de famílias com alguma dívida em atraso. Esse número representa um aumento de 9,9% na taxa de inadimplência, na comparação anual. Abaixo, confira outras informações importantes que constam no levantamento.

O consumo de crédito em 2020

Conforme os dados, 2% das famílias brasileiras tiveram a renda média mensal aumentada exclusivamente devido ao auxílio emergencial, à antecipação do 13º e ao saque emergencial do FGTS. No entanto, os valores não foram suficientes para bancar todas as despesas, o que as levou ao endividamento e à corrida por empréstimos para quitar as contas tradicionais.

Assim, o semestre fechou com 9,9%  das famílias inadimplentes e 6% endividadas. Ainda com base nessa situação, as capitais que possuem os mais altos índices de famílias endividadas são: Natal, com 96%, e Curitiba, com 90%. Seguidas por São Luís (MA), Belo Horizonte (MG) e Manaus (AM), todas com índices acima de 80%.

No sentido oposto, destacaram-se João Pessoa (PB) e Rio Branco (AC) como as capitais com menores taxas de lares com contas em atraso. São Paulo (SP) também sofreu retração, ao sair de 20% para 16%, ao passo que o Distrito Federal (DF) repetiu o resultado do ano anterior, ao manter o índice em 13%.

O desemprego no Brasil

No final de novembro, o IBGE divulgou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) acerca do desemprego. Conforme o levantamento, o terceiro trimestre do último ano fechou com um índice recorde de 14,6% de desempregados no Brasil, o que equivale a 14,1 milhões de pessoas.

A pesquisa ainda mostra que os estados do Rio Grande do Norte e do Paraná foram alguns dos que mais sofreram esse impacto. Enquanto o primeiro somou uma taxa de 17,3% de desocupação, o segundo teve 12,1% – não à toa que o número de famílias mais endividadas de todo o país encontra-se nas capitais desses estados.

Entre os pontos relevantes da pesquisa, destacam-se ainda:

  • A taxa de desemprego subiu em 10 estados brasileiros e ficou estável nos demais;
  • As mulheres sofreram mais com o desemprego do que os homens, com 16,8% ante 12,8%;
  • Cerca de metade da população apta para trabalhar está desocupada (47,1%).

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