No final de janeiro de 2025, o Banco Central (BC) divulgou dados sobre um aumento de 11% na concessão de crédito entre novembro e dezembro de 2024.

Esse crescimento logo se tornou assunto de diversos debates no setor financeiro, especialmente porque aconteceu diante das altas taxas de juros que têm marcado a economia do país.

É importante ressaltar que as concessões foram registradas especificamente no crédito livre, que inclui empréstimos pessoais, financiamentos, e outros tipos de crédito não voltados para o consumo restrito, como o crédito consignado.

Vamos entender melhor o cenário?

Duas perspectivas sobre a concessão de crédito

A informação divulgada pelo BC demonstra que apesar dos juros altos, a demanda por crédito segue forte. Uma série de fatores impulsionam essa demanda, como a recuperação da confiança do consumidor e a necessidade das pessoas e empresas em ajustar seus fluxos de caixa, por exemplo.

Por outro lado, especialistas alertam que a expansão do crédito pode ser arriscada se não for acompanhada de uma melhora nas condições de geração de renda e emprego, o que ajudaria a dar maior equilíbrio em relação ao aumento do endividamento.

Uma pesquisa da Febraban, divulgada no último dia 17, revisou o cenário de crédito e apontou uma desaceleração no ritmo de crescimento, dos 11% em 2024 para 8,5%. O que corroborou com o alerta mencionado acima, principalmente, ao apresentar dados que mostram que os bancos trabalham de forma mais conservadora quanto ao aumento de sua carteira de crédito neste início de ano.

Conclusão

O crescimento na concessão de crédito, , é uma notícia positiva, mas requer análises cautelosas. Esse número pode ser compreendido tanto como um indicativo de confiança e recuperação econômica quanto uma elevação nos riscos de endividamento no país.

Diante dos cenários apresentados, os consumidores e as empresas precisam avaliar   cuidadosamente suas condições financeiras antes de buscar novos créditos que se transformarão em novas dívidas.

É esperado ainda que o governo adote medidas para estabilizar o mercado de trabalho e a renda, assim, contribuindo para a melhora no cenário de créditos e da inadimplência ocasionada pela falta de compromisso com as dívidas.

O crescimento na concessão de crédito e a nova perspectiva dos bancos sobre esse assunto, sem dúvida, são reflexos do cenário econômico brasileiro que devem ser acompanhados de perto nos próximos meses.

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