O segundo trimestre do ano está terminando e ao contrário do primeiro, temos alguns números que chamam a atenção. Apesar do crescimento de 0,7% registrado nos primeiros meses do ano em relação ao último período de 2023, segundo o Monitor do PIB, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os meses de abril a junho podem apresentar recuos nos indicadores econômicos.
Um desses indicadores é o Produto Interno Bruto (PIB), cuja análise é determinante para a avaliação da economia do país. Neste segundo trimestre, o PIB brasileiro deve apresentar um leve recuo, principalmente, devido a tragédia das enchentes ocorrida no Rio Grande do Sul, o que gera esse efeito direto no desempenho econômico por causa da redução das atividades na região.
Embora ainda seja cedo para termos números sólidos, alguns economistas já esperam uma queda de 0,3 ponto percentual do PIB do país.
Portanto, mesmo após o otimismo trazido pelo leve crescimento no início de 2024, é preciso manter o sinal de alerta ligado para os próximos meses e acompanhar a divulgação das informações relativas ao desempenho econômico do segundo trimestre do ano.
Vamos ver como está a economia do país em outros campos?
O setor do comércio e de serviços não se mostram confiantes ao final do primeiro semestre de 2024, porque os índices de inadimplência ainda estão elevados, mesmo com o esforço do Governo Federal através do Desenrola Brasil para diminuir essa taxa.
A inadimplência alta contribui para o aumento da inflação, desencadeando uma alta nos preços, uma vez que as empresas e os comerciantes precisam aumentar o preço dos seus produtos para não serem prejudicados financeiramente devido às dívidas que não foram pagas.
O crescimento econômico do país na segunda metade do ano não é uma preocupação apenas dos comerciantes e empresas, a população também está receosa, segundo revelou a pesquisa RADAR FEBRABAN, onde apenas 57% dos brasileiros entrevistados acreditam em melhoras econômicas até o fim do ano.
Apesar dessa insegurança dos setores citados, o otimismo inicial em 2024 não aconteceu sem motivos. Alguns números trazem um certo alento como, por exemplo, os 971 mil postos de trabalho com carteira assinada criados de janeiro a abril que reduziram a taxa de desemprego para 7,5% em abril, um dos índices mais baixos desde 2015.
A pesquisa da FEBRABAN aponta ainda que 48% da população vê o país em uma situação melhor quando comparado com 2023 e cerca de 43% dos entrevistados acreditam na diminuição do endividamento pessoal.
Em posse dessas informações, no entanto, diversos especialistas em economia, como o Sergio Vale, da MB Associados, acreditam que os números positivos não são muito agradáveis, na verdade.
Em entrevista à Gazeta do Povo, Vale comentou sobre o assunto: “Os bons números registrados no primeiro trimestre são fruto de uma política fiscal expansionista. Não são duradouros”.
Essa política fiscal expansionista visa aumentar a demanda agregada, criando oportunidades para um crescimento econômico mais rápido, e reduzindoo desemprego. Porém, ela traz riscos, aos quais os especialistas em economia preferem não enfrentar num cenário ideal. Alguns desses riscos são:
Portanto, o segundo semestre do ano abala o otimismo inicial, trazendo certos receios e com eles, a necessidade de acompanhar de perto o desenrolar do campo econômico brasileiro nos próximos meses.
O Brasil cresceu no primeiro trimestre do ano, as famílias aumentaram seu poder de consumo e boa parte dos setores que movimentam a economia brasileira prosperaram, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, o desastre das enchentes que ocorreu estado do Rio Grande do Sul deverá impactar os indicadores do país, e vai gerar grandes desafios para que essa prosperidade continue.
Com os altos números de inadimplência no país e a política fiscal expansionista, o mercado e os economistas apontam que o crescimento não deve acontecer como esperado anteriormente. Portanto, fique atento durante o processo de elaboração do seu planejamento financeiro para a segunda metade do ano.
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