quarta-feira - 28 de setembro de 2022

Incerteza econômica: o que pode acontecer em 2023?

O Brasil conseguiu evitar uma recessão no ano eleitoral, mas quem sair vitorioso das eleições será recompensado com uma insossa e delicada situação econômica para enfrentar logo nos primeiros meses de 2023.

Segundo projeções, o crescimento econômico de 2022 não deve se manter para o próximo ano. Ao contrário, a situação ficará ainda mais complicada porque o ponteiro deve apontar para baixo e cair bastante. 

O cenário atual e projeções

O PIB (Produto Interno Bruto) promete ser melhor que o esperado neste ano, em relação às projeções feitas em 2021. Com as devidas revisões, ele agora ronda a casa dos 2%, tendo crescido 1,2% no segundo trimestre de 2022, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Já a inflação apresentou uma leve queda, estando na casa dos 6%.

Apesar disso, as estimativas para o PIB em 2023 diminuíram consideravelmente, chegando aos 0,4%. Isso reflete a projeção de uma brusca desaceleração na economia brasileira no quarto trimestre de 2022.

As medidas impostas pelo governo, como o Auxílio Brasil, em um primeiro momento estimulam a economia, o que foi confirmado pelos números. Mas também trazem um risco fiscal no encalço, gerando incertezas para o próximo, principalmente sobre como o presidente eleito lidará com essa questão e a dos estímulos.     

O que fazer em caso de recessão?

Apesar do governo ter ferramentas para controlar crises profundas, diante da possibilidade de uma recessão é preciso se preparar desde já para enfrentá-la.

Inúmeros fatores podem contribuir para que ela de fato ocorra ou não. Entretanto, mesmo que ela não aconteça, alguns cuidados continuam úteis para construir uma segurança financeira mais sólida para grande parte da população.

Conheça quais são:

  • Planejamento: o primeiro passo é ter uma noção de suas finanças e controlar todos os gastos e ganhos, para conseguir manejá-los em caso de necessidade.  
  • Despesas: tendo seu planejamento financeiro, foque em cortar despesas, principalmente as supérfluas, e evite adquirir novas dívidas a todo custo durante o período de recessão.
  • Cheque especial e cartão de crédito: fuja deles. Se possível cancele-os durante um tempo para evitar a tentação de adquirir uma conta que o levará à inadimplência.
Sob a ótica dos negócios

O ramo dos investimentos também requer certos cuidados. Muitos investidores defendem uma série de ações para enfrentar a recessão. Em contrapartida, ao se resguardar, também surgem oportunidades de realizar negócios durante o período.

Vamos vê-las:

  • Investimento em renda fixa: é uma das áreas beneficiadas pela alta dos juros e da inflação, abrindo oportunidades de negócios.
  • Investimento perene: para evitar turbulência e aventuras que podem resultar em índices negativos, o ramo de serviços essenciais apresenta estabilidade. Afinal, a população tende a cortar os gastos desnecessários para focar no elementar.
  • Fuja das dívidas (aqui também!): com juros e inflação altos, elas podem representar uma batalha para empresas e investidores. 

Quanto ao último item, uma boa alternativa é o mercado de cessão de créditos. Esse tipo de negócio tem impacto positivo para todas as partes envolvidas e até mesmo sobre a economia brasileira, porque ajuda a combater as taxas de inadimplentes.

Saiba mais sobre a cessão de créditos e veja porque é um bom negócio: