Engana-se quem pensa que o varejo vive apenas de vender seus produtos. Na verdade, o setor já trabalha com outras vertentes há mais de 20 anos – e a mais conhecida é o crédito destinado ao consumo nas lojas.
Em 2020, o crédito varejista representou 28% do PIB brasileiro, uma fatia considerável. No entanto, com o cenário econômico atual, não se sabe como essa prática vai fechar o ano diante da alta taxa de juros e do maior índice de inadimplência dos últimos 12 anos.
Mesmo assim, muitas pessoas recorrem ao crédito como uma das formas de continuar vivendo de maneira minimamente digna, seja pagando as contas atrasadas ou comprando o básico para se alimentarem.
Mas, onde o crédito varejista entra nisso?
É o que vamos explicar no texto a seguir.
Popularmente conhecido como crediário, o crédito varejista é um tipo de crédito oferecido pela própria loja ao seu cliente, estimulando-o a comprar ali no local. Dessa forma, ao invés da pessoa pegar um empréstimo de uma empresa terceira, ela já tem uma noção de quanto tem de crédito e quais são as formas de pagá-lo, caso o aceite.
Assim como qualquer crédito, o consumidor está sujeito a juros durante o seu pagamento. Sendo assim, recorrer a essa opção deve ser a última das coisas a serem feitas em um momento financeiro delicado.
Segundo uma pesquisa feita pela Trigg, correspondente bancário da Omni S/A Crédito, Financiamento e Investimento e Omni Banco S/A, 71% dos brasileiros alegaram que fizeram mais compras agora em 2022 do que no último ano, mesmo com o cenário da inflação brasileira.
Uma das principais tendências é o uso do cartão de crédito nessas compras. Logo, o que antes era usado para comprar algo de maior valor, hoje já é o principal meio de pagamento das pessoas.
Contudo, nem todos os brasileiros possuem conta em banco, tanto que estima-se que cerca de 34 milhões de pessoas são desbancarizadas – e é para elas que o crédito varejista se torna interessante. E, apesar de tudo o que o Brasil enfrenta, economicamente falando, o varejo ainda vai proporcionar uma grande ajuda para essa parcela da população.
O brasileiro tem sofrido com os juros altos da inflação há um bom tempo. Inclusive, muitos já não conseguem fazer as compras no mercado da mesma maneira que fazia antes, visto que o poder de compra do país diminuiu.
Além dessa questão, o Brasil também está se recuperando – lentamente – da recessão econômica que a pandemia de Covid-19 causou não só no país, mas também no mundo todo. Mesmo assim, as expectativas futuras têm apresentado um cenário um pouco mais positivo nas últimas semanas.
De acordo com o Boletim Focus divulgado no dia 18 de julho, 2022 deve fechar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 7,54% – principal fator da inflação. Ademais, as estimativas para o PIB deste ano apresentaram alta pela terceira semana consecutiva: de 1,59% para 1,75%.
A economia mundial já sofreu muitas crises ao longo da história. E, assim como as demais, essa também vai passar, fazendo com que o dia a dia dos brasileiros torne-se melhor.
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